A menos de
um ano para as eleições municipais, estamos vivendo em Simões Filho um clima de
medo, silencioso, mas presente nas reflexões de todas as pessoas que estão, de
uma forma ou de outra, se posicionando sobre os diversos problemas enfrentados
pela população, seja através de redes sociais ou em rodas de conversas.
Ao que se
nota, milícias digitais estão à postos para achincalhar, difamar, enxovalhar a
honra e a moral de qualquer um que ouse criticar ou tecer observações.
Há a
percepção de que não serão medidos esforços nem consequências para que se
alcance uma vitória, pessoal e intransferível.
São raros
os diálogos sobre desenvolvimento, projetos e avanços para a cidade.
São
constantes, os insultos entre pessoas que dias atrás, estavam do mesmo lado.
Alianças
estão sendo feitas com qualquer um, desde que estes, estejam dispostos a falar
o que lhe der na telha, expelir via oral, todo tipo de absurdos a qualquer um
que seja visto como adversário e por consequência como inimigo.
E não duvidem, muitos querem abater o inimigo, de forma que o mesmo seja lembrando pelos seus como mais um que ousou se levantar e falar quais são as necessidades da sua localidade, comunidade, favela, da sua cidade, famílias.
Debates?
Para quê debate?
Simões
Filho sempre foi vista como mina de ouro a ser garimpada.
E os donos das maquinas que lavam seus cascalhos em busca do ouro têm seus nomes colocados a público como se fossem deuses vivos na terra.
Na verdade, estão mais para encarregados de equipes que lapidam nosso patrimônio.
‘Ouro e diamantes’ são valiosíssimos, e talvez, por esta razão, é que estamos vivenciando atos dignos de outros tempos, tempos do coronelismo de ditadura e fascismo.
Censura e intimidação à imprensa virou rotina.
Vale mais
uma foto com o polegar em positivo, do que a credibilidade de opinião.
É bom ficarmos atentos. Caso contrário, noticiar-se-a mais um funeral, por conta do que foi dito ou escrito, e do polegar em positivo que não foi levantado, exposto em uma foto nas redes sociais, impositiva, disfarçada e ladeada por três ou quatro sorrisos, de alto valor financeiro e político.
Simões
Filho? Seu futuro? Não importa. O que importa é o poder.
Pelo
poder, nem todos estão dispostos a morrer, mas para estarem ao lado do poder,
muitos estão dispostos a matar, com ou sem ordem.
Quem será
responsabilizado pelo clima de ódio que está sendo implantado na cidade?
Enterro
de mais um? O povo esquece rapidinho. Da mesma forma que esqueceram ou nunca
leram as, hoje, amareladas páginas dos jornais de outrora.
Talvez,
os baús onde estes estejam guardados, nunca mais sejam abertos. Ou estou sendo
pessimista?